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GOVERNANÇA COLABORATIVA PÚBLICA x PRIVADA: Principais Diferenças.

  • fireflyconsultmga
  • 18 de out. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 9 de nov. de 2023


Principais diferenças entre Governança Pública e Privada
Diferença entre Governança Pública e Privada

A governança colaborativa se traduz como uma forma de governança pela qual a colaboração é o principal mecanismo de envolvimento entre as organizações, podendo ser elas públicas e/ou privadas. Conduzir um modelo de governança colaborativa envolve, principalmente, equilibrar os diferentes interesses dos atores envolvidos (BODIN, 2017), sobre


tudo em atividades coletivas que objetivam aumentar o valor público a partir do esforço conjunto (BARDACH, 2001).


Os conceitos iniciais sobre o tema de governança colaborativa estavam mais focados no setor público, evoluindo posteriormente para uma definição em consenso de objetivos entre o setor público e privado. Nesse sentido, a governança colaborativa estava relacionada às atividades entre agentes públicos e privados que, conjuntamente, tomam decisões para aumentar o valor público e gerenciar de forma mais assertiva os recursos, serviços e bens públicos.


Recentemente a governança colaborativa tem estado presente na esfera privada, e é essencial para a sustentabilidade dos ambientes de inovação, pois estimula a formação de capital intelectual, alimentando elos de confiança e visão de longo prazo compartilhada, tomando decisões mais assertivas e produzindo uma base de conhecimento mais contextualizada e adaptável para lidar com problemas que geram conflitos e divergência de ideias.


A Governança Colaborativa não está submetida às mesmas estruturas características das organizações tradicionais. Muitas delas se caracterizam por relações horizontais, o que não implica dizer que os atores sejam iguais em termos de autoridade e/ou capacidade de alocação de recursos. Por exemplo, embora o poder público possa impor decisões aos parceiros, esses últimos possuem recursos, que agem como contrapeso – por exemplo informação, conhecimento específico, capital, suporte político, interação com os cidadãos (BODIN, 2017).


Alguns pontos de atenção no modelo de Governança Colaborativa devem ser expostos, como os resultados são obtidos no longo prazo, a visão compartilhada de futuro é imprescindível e na maioria nas vezes os atores envolvidos não estão de acordo em abrir mão de pequenos benefícios futuros em detrimento de benefícios maiores no longo prazo. Outro ponto de atenção é que o processo de governança colaborativa requer consenso, ao menos da maioria, e muitas vezes isso pode gerar atrasos na tomada de decisões importantes, aumento o risco e o custo de alguns negócios.


De acordo com Kallis, Kiparsky e Norgaard (2009), para que a governança colaborativa floresça, muitas vezes são necessárias mudanças radicais, principalmente na maneira de como as decisões estratégicas são tomadas, e esta é a principal dificuldade para a sua implementação, pois mudar a cultura de como uma sociedade ou empresa toma suas decisões, é um processo lento e difícil.


De fato, implantar uma Governança Colaborativa seja ela pública ou privada, significa “sair da zona de conforto”. Na maioria das situações implica na mudança de cultura do cidadão, das lideranças e das empresas, e isto é um desafio e tanto, mas que se faz necessário quando a realidade que se apresenta já não atende aos anseios de uma cidade e/ou empresa, sem perspectivas de um futuro próspero para o desenvolvimento econômico sustentável, urbano, social quando se fala na Governança Colaborativa Pública e no crescimento sustentável quando se fala no privado.


Márcia Santin - Consultora e palestrante na área de formação de governança da sociedade civil e planejamento estratégico de cidades. Ex-diretora Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (CODEM) e Sócia Proprietária Firefly Governança Colaborativa.

 
 
 

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